Os argumentos baseados na estrutura não possuem ligações a
uma descrição objetiva, mas demostra opiniões relativas. Na cena III do ato III
da peça Hamlet de Shakespeare, o jovem Hamlet, já decidido a matar o próprio
tio, assassino de seu pai e usurpador do trono, encontra-o à sua mercê, orando,
em uma crise de arrependimento, e argumenta:
- É propícia a ocasião; encontra se orando. Vou fazê-lo.
Mas, destarte alcança o céu. E assim me vingarei? Em outros termos: mata um
canalha a meu pai; e eu, seu filho único, despacho esse mesmíssimo velhaco para
o céu? É soldo e recompensa, não vingança. Assassinou meu pai, quando ele
estava pesado de alimentos, com seus crimes floridos como maio. O céu somente
saberá qual o estado de suas contas; mas, de acordo com nossas presunções, não
será bom. Direi que estou vingado, se o matar quanto tem a alma limpa e apta
para fazer a grande viagem? Não!
-Esperarei a sua embriagues para que possa me vingar.
A fala de Hamlet adia seus planos de vingança, tomando por
base um olhar sobre a morte, conforme ao passado: se alguém morresse em atitude
de oração e arrependimento, iria direto para o céu. Seu pai foi assassinado, enquanto
dormia. Não haveria a oportunidade de orar e arrepender-se e, por esse motivo,
não deveria ainda estar no céu. Talvez estivesse em algum tipo de purgatório. Baseada
nesse ponto de vista do real o leva à sua tese principal: não matar o rei
usurpador enquanto reza, adiando a vingança para o futuro.
Weverton Soares 082.207
Ericle Henrique 082.269
Alisson Vargas 082.235
Iuri Castelani 082.225
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